Encontre médicos, clínicas e hospitais
Clique aquiEncontre médicos, clínicas e hospitais
Notícias
Outubro Rosa 2025
22/10/2025

Publicado no site do INCA

03/10/2025, às 14h18, e atualizado em 10/10/2025, às 11h51


O Sudeste é a região com maior incidência de câncer de mama no Brasil, enquanto Santa Catarina, no Sul, registra a maior taxa ajustada (padronizada) entre as unidades da federação (74,79 por 100 mil mulheres). No quesito mortalidade, as regiões Sul, Sudeste e Nordeste lideram e as maiores taxas ajustadas (padronizadas) estão em Roraima, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, respectivamente. Os dados constam do livro Controle do câncer de mama no Brasil: dados e números 2025, elaborada ao longo de seis meses pelo INCA e lançada na sexta-feira, 3, durante o evento de celebração do Outubro Rosa, na sede do Instituto, no Rio de Janeiro.


Com dados sobre incidência, mortalidade, fatores de risco, prevenção, acesso a exames e tratamento, a publicação traça o retrato detalhado do câncer de mama no Brasil. O objetivo é subsidiar gestores e profissionais de saúde em ações estratégicas para o fortalecimento da rede de cuidado em todo o País.


O câncer de mama é o tipo mais incidente entre as brasileiras (excluindo o de pele não melanoma) e também a principal causa de morte por câncer na população feminina. São estimados 73.610 novos casos em 2025 e, em 2023, foram registrados mais de 20 mil óbitos decorrentes da doença. A novidade da publicação está em consolidar e analisar dados atualizados de diferentes fontes do Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo identificar avanços, desigualdades regionais e gargalos na linha de cuidado.


Em relação às faixas etárias, o levantamento mostra uma tendência positiva: entre 2000 e 2023, houve redução proporcional na mortalidade por câncer de mama na população feminina de 40 a 49 anos.


Ao longo de 2024, o SUS realizou 4,4 milhões de mamografias, das quais 4 milhões foram exames de rastreamento em mulheres sem sintomas — mais de 1 milhão delas fora da faixa etária até então recomendada para esse tipo de procedimento (50 a 69 anos). Acesse o folheto atualizado Câncer de mama: vamos falar sobre isso?


O livro chama atenção para os fatores de risco e de proteção associados à doença. De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2023, mais da metade das brasileiras com 18 anos ou mais apresentam excesso de peso (56,7%), com os maiores índices no Sul (59,6%), especialmente no Rio Grande do Sul (60,2%), enquanto o Maranhão concentra os menores níveis (48,4%). A obesidade e o consumo abusivo de álcool também são mais prevalentes nas regiões Sul e Sudeste, reforçando a tendência de concentração dos principais fatores de risco em áreas mais urbanizadas. A adesão à prática regular de atividade física e ao aleitamento materno prolongado, que são reconhecidos como fatores protetores, ainda são insuficientes em todo o País.


No acesso ao tratamento, a publicação aponta avanços no cumprimento da Lei dos 60 dias, que determina o início da terapia em até dois meses após o diagnóstico, mas, ainda assim, precisa melhorar, especialmente para reduzir as desigualdades regionais. É necessário, assim, identificar possíveis falhas na organização da rede assistencial.


“A nossa expectativa é que esse documento possa servir como uma orientação nas três esferas de gestão do SUS, e também à população e à sociedade em geral para que a gente consiga avançar nesses desafios e melhorar nossos indicadores em relação ao cuidado integral da saúde da mulher”, explicou Renata Maciel, chefe Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede da Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev) do INCA.


O diretor-geral do Instituto, Roberto Gil, avaliou que “a gente está desconstruindo uma inverdade, que era a 'proibição' da mamografia abaixo dos 50 anos. O que a gente fala é que [isso] exige uma decisão compartilhada entre o profissional e a paciente para que ela possa, a partir daí, tomar a decisão de fazer ou não fazer o exame, mas ela entendendo que aquilo tem aspectos técnicos”. Conheça os riscos e benefícios da mamografia para mulheres de 40 a 49 anos.


Acesso


Em sua apresentação intitulada “A cobertura do rastreamento do câncer de mama e do colo do útero, segundo raça/cor da pele, no Brasil”, o pesquisador da Conprev Édnei César Santos Junior mostrou dados da Pesquisa Nacional em Saúde, revelando que houve crescimento do acesso à mamografia, de 2013 a 2019, em quase todas as regiões do Brasil (leve queda no Sul, de 59,7% para 58,9%), que a elevação da escolaridade é diretamente proporcional à realização do exame mamográfico, e que mulheres brancas fazem mais mamografias – principalmente no Sul e Sudeste – do que pretas e pardas. “Houve avanço no aumento do acesso aos exames de rastreamento, mas ainda é necessário ampliar para que seja possível cobrir todas as mulheres da faixa etária-alvo”, avaliou o pesquisador.


Mortalidade


No lançamento do Boletim Epidemiológico: Mortalidade por Câncer de Mama e Colo do Útero na População Feminina Segundo Raça/Cor da Pele, a diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças não Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (MS), Letícia Cardoso, mostrou que, de 2010 a 2024, houve aumento de 62% óbitos por câncer de mama e de 48% por câncer do colo uterino; e que a mortalidade prematura por câncer de mama cresceu em 67%, e 74% por câncer do colo do útero. A taxa de mortalidade entre as mulheres brancas é maior para o câncer de mama, enquanto entre as pretas, pardas e indígenas é maior para o câncer de colo de útero. “A gente precisa investir nas estratégias de prevenção e controle”, resumiu.


Hábitos e alimentação saudáveis


Thainá Alves Malhão, da Conprev, ao discorrer sobre “A Importância da Prevenção Primária no Controle do Câncer de Mama”, lembrou que há fortes evidências científicas que redução de peso e da ingestão de bebidas alcoólicas e prática regular de atividade física e aleitamento materno diminuem os riscos da doença. Em 2020, mais de 12 mil casos novos de câncer são atribuíveis ao não cumprimento dessas recomendações. Em 2030, os gastos federais na prestação de atendimento ambulatorial e hospitalar a pacientes com câncer de mama atribuíveis a esses fatores de risco são estimados em R$ 225 milhões (foram R$ 102,54 em 2018).


Também estiverem no evento José Barreto Carvalheira, diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do MS; Antônio Rodrigues Braga Neto, coordenador da Área Técnica de Saúde das Mulheres da Superintendência de Atenção Primária da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro; Cida Diogo, superintendente estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro; e Marcia Sarpa de Campos Mello, coordenadora de Prevenção e Vigilância do INCA.


Acompanhe a íntegra do evento na TV INCA.



Conheça o Programa de Apoio à Jornada do Paciente


Na Real Grandeza, os beneficiários não são tratados como números, mas sim como pessoas.


Não à toa, todos os usuários dos planos de saúde com suspeita ou diagnóstico de qualquer neoplasia (câncer) podem se beneficiar de uma iniciativa especial sem custo adicional que oferece prioridade no atendimento e agilidade na comunicação da equipe multidisciplinar com a FRG, acolhimento e tratamento humanizado, entre outros benefícios.


É o Programa de Apoio à Jornada do Paciente, promovido pela Real Grandeza em parceria com a Lacon, empresa do Grupo Laços Saúde, que não possui custo adicional para o beneficiário da Real Grandeza, visto que já está incluído na mensalidade do plano de saúde, e oferece:


Compromisso com a agilidade e a tranquilidade: quando o assunto é câncer, sabemos que cada minuto conta. E ter uma equipe dedicada à sua disposição, que trabalha para orientar, apoiar e auxiliar às suas marcações de exames na rede credenciada, é primordial. Com o nosso Programa, você tem agilidade e tranquilidade em um momento tão delicado da sua vida.


Apoio integral em todas as etapas do tratamento: sabemos que o tratamento do câncer é uma jornada desafiadora. Por isso, oferecemos um apoio integral em todas as etapas do processo, incluindo uma rede de apoio multiprofissional, com nutricionista, psicólogo, farmacêutico, fisioterapeuta e médico, além de acompanhamento personalizado realizado por enfermeiros no conforto do seu lar.


Acolhimento para você e sua família: o câncer é uma enfermidade que afeta toda a família. E o "Programa de Apoio à Jornada do Paciente" da Real Grandeza também atende a todos os seus entes queridos, com grupos de discussão e interação que oferecem suporte emocional e acolhimento.


Como fazer parte do Programa?


A adesão ocorre de duas formas:


A própria empresa parceira Lacon entrará em contato com os beneficiários elegíveis (captação) ou você poderá entrar em contato com os canais de relacionamento da Real Grandeza Saúde e expressar seu desejo de participar do programa, conforme elegibilidade (suspeita ou diagnóstico de qualquer neoplasia):


  • WhatsApp: (21) 2528-6800
  • E-mail: grp@frg.com.br
  • Telefones: (21) 2528-6800 (Rio de Janeiro) / 0800-282 6800 (outras localidades)

+ Informações


Clique aqui e veja outras informações sobre o Programa de Apoio à Jornada do Paciente.


Acesse aqui o texto original, publicado no site do Instituto Nacional do Câncer (INCA)