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Depressão: uma dor invisível?

A Real Grandeza realizou, dia 10 de outubro, uma palestra especial para seus colaboradores, assistidos e familiares de Furnas, FRG e Eletronuclear, no auditório da FRG.

As psicólogas Luciana Castro e Sônia Mendes falaram sobre a Depressão e sua dor invisível, um assunto delicado e que acomete mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. “Um número por si só impressionante, mas que nem corresponde à realidade, visto que a maior parte dos casos não é diagnosticada”, lembra Sonia Mendes. Por isso, fala-se da invisibilidade dessa dor. As subnotificações ficam ainda mais evidentes nos suicídios por depressão, onde boa parte deles entra nas estatísticas de acidentes, abuso de drogas, negligência à saúde e outras fatalidades.

O bate-papo começou com uma dinâmica, onde Sonia propôs que cada participante escrevesse 5 potencialidades que possui para ter uma vida plena e com qualidade. Alguns participantes foram convidados a compartilhar com o grupo suas reflexões.

A depressão virou uma epidemia mundial. A OMS já divulgou que hoje é a doença mais incapacitante do planeta. “Estamos vivendo um tempo de exaustão existencial. A nossa base se encontra fragilizada diante de tantas frustrações e perdas, desvalorização do ser humano, relações truncadas, fluxos travados, cobranças excessivas e acúmulo de funções. As pessoas andam à flor da pele com tamanha angústia e pressão. E o adoecimento é global. Precisamos entender que fenômeno é esse e como podemos agir” – alertou Sonia.

Apesar de muita gente sofrer com a doença sem saber que se encontra nesta patologia, a depressão dá sinais. Mas, primeiro, é importante diferenciar tristeza de depressão. A tristeza é uma reação emocional necessária, natural, porém transitória. Quando se torna mais longa e sofrida, vira um humor deprimido. Luciana Castro comentou sobre os sinais mais comuns da depressão: perda de interesses, perda ou ganho de peso, alterações do sono, agitação motora ou retardo psicomotor, fadiga ou perda de energia, sentimento de inutilidade, culpa excessiva, anedonia (incapacidade de sentir prazer), sofrimento e prejuízo no funcionamento social e profissional.

Qualquer um de nós pode entrar em um quadro depressivo. A predisposição genética, certas desordens psiquiátricas e alguns gatilhos aumentam as chances de isso ocorrer. Mas não existe uma causa consciente. A depressão não passa pela razão. Luciana reforçou que esse sofrimento precisa ser legitimado e tratado com ajuda profissional e uma boa rede de apoio. E recomendou algumas ações profiláticas para combater a doença: manter uma espiritualidade, propósito e missão de vida; identificar e reavaliar seus estressores, ter autocontrole e reconhecer suas emoções; participar de projetos/programas de qualidade de vida; ressignificar positivamente situações estressantes; praticar atividades físicas ; alimentação adequada; psicoterapia e ter apoio relacional.

Ao final do evento, mais uma dinâmica: Sonia convidou cada um a olhar a pessoa ao seu lado, cumprimentar, abraçar e interagir.

O evento foi uma parceria do Programa de Responsabilidade Socioambiental com as Gerências de Saúde e Recursos Humanos.