INFORMATIVO DE MACROECONOMIA E FINANÇAS PESSOAIS DA FUNDAÇÃO REAL GRANDEZA
Ano IV - Número 34 Setembro/Outubro de 2018
capa indicadores  decifrando o economês seu dinheiro tira teima
Mercado de trabalho formal: sinais positivos
n As tradicionais contratações de fim de ano, lideradas especialmente pela Indústria, trazem indicadores mais positivos para a economia e, a tendência, é que eles contribuam para ampliar o grau de otimismo das famílias.

Gradativamente, a atividade econômica vem mostrando sinais de recuperação. Um desses sinais foi a reação do mercado de trabalho que, em setembro de 2018, registrou a melhor performance mensal verificada desde 2014, quando a economia brasileira entrou recessão. Segundo o CAGED, cadastro do Ministério do Trabalho, o fato guarda relação com as contratações de fim de ano: foram criadas 137,3 mil vagas com carteira assinada em setembro, sobretudo na Indústria e no setor de Serviços.

Este número representa um avanço de cerca de 300% em comparação ao mesmo período de 2017, sendo, inclusive, bem superior ao esperado pelos economistas, cuja expectativa média girava em torno de 100 mil novas vagas. O resultado foi o melhor apurado para o mês de setembro desde 2013 e mostra que a recuperação do mercado de trabalho formal vem ocorrendo em diversos setores da economia, nas cinco regiões do Brasil.

Tradicionalmente, a Indústria responde pela abertura de novas vagas em setembro, em razão do incremento da produção para o Natal. Dados recentes mostram mais vigor da atividade econômica, com antecipação de contratações temporárias no comércio, também motivadas pela expectativa de aumento de vendas no fim do ano. Até mesmo setores como o da Construção Civil, pouco sensíveis à sazonalidade, têm experimentado crescimento.

Tudo indica que, em outubro o mercado de trabalho também registrará indicadores favoráveis. Nesse contexto, as famílias tendem a ficar gradativamente mais otimistas, o que poderá resultar numa retomada mais vigorosa da atividade e até mesmo indicar um novo ciclo de crescimento do PIB, em patamar mais satisfatório.

 

137,3 mil

novas vagas com carteira assinada  foram criadas em setembro

 

 

CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho, cujo indicador mede a diferença entre contratações e demissões, de empregos com carteira assinada.

 

NEC- Índice Nacional de Expectativa do Consumidor, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado mensalmente.

Consumidor

mais conf iante

n Ritmo de recuperação da atividade no Comércio permanece lento, mas a propensão ao consumo vem aumentando desde julho. O Índice de Confiança do Consumidor acumula alta de 7,7% no último trimestre.

Passado o período eleitoral, a expectativa é de aumento da propensão ao consumo, diferentemente do que ocorreu nos últimos meses de 2017, quando foi registrado um fraco desempenho do Varejo. Naquele ano, houve um incremento no consumo entre os meses de março e setembro, em razão da liberação das contas inativas de FGTS, o que acabou por desaquecer a demanda, com impacto negativo no Comércio.

Em 2018, por sua vez, o varejo foi, em parte, afetado pela paralisação dos caminhoneiros, ocorrida em maio, o que prejudicou por, pelo menos dois meses seguidos, as vendas do comércio, em geral. Passado este efeito, a partir de julho a propensão ao consumo voltou a crescer, conforme pode ser observado pelo Índice de Confiança do Consumidor (INEC), que registrou 105,9 pontos em setembro, com aumento de 1,1% em relação a agosto, sendo o maior índice apurado desde maio de 2016. Apesar de modesto, esse avanço é o terceiro consecutivo, acumulando incremento de 7,7% no último trimestre. O aumento gradativo do otimismo dos brasileiros é resultado de alguns indicadores positivos: inflação sobre controle, taxas de juros mais baixas, expectativas de queda do desemprego e perspectivas de mudanças na condução da política econômica.

Porém, os consumidores se mantêm cautelosos e, por enquanto, evitando compras de maior valor, como móveis e eletrodomésticos. Com o aumento da produção de bens e criação de novas vagas de trabalho, o consumo vai reagindo e alimentando, gradativamente, o crescimento da economia. Todavia, como sempre sugerimos, é importante evitar o aumento do endividamento familiar na aquisição de bens de consumo supérfluos.

 

O que compõe o custo de financiamento de um imóvel?

O custo total de um financiamento imobiliário é composto por quatro fatores fundamentais: amortização, juros, seguros e custos de administração. Os juros representam o custo do capital. Diversos fatores podem influenciar nos juros cobrados pelo banco: o valor financiado, a renda e até a idade do requerente podem impactar no custo estabelecido pela instituição. A amortização é a parcela que representa quanto o comprador está reduzindo o saldo devedor. No Sistema de Amortização Constante (SAC), o mais comum, ao longo do prazo do financiamento a amortização é constante, reduzindo o valor principal. Como os juros são calculados com base no valor principal, este tende a ser decrescente. Assim, neste sistema, a parcela inicial é maior, porém, decresce ao longo do prazo. Já os seguros são de dois tipos, o de morte e invalidez, que varia de acordo com a idade do tomador do financiamento.

Também há o seguro de danos físicos do imóvel, que varia de acordo com o valor do imóvel. Outro fator inclui os custos de administração, que variam de acordo com a instituição. Por isso, é recomendável fazer o comparativo entre os bancos, antes de escolher a melhor opção.

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