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Estratégia de investimento da FRG é destaque na mídia

Confira abaixo a matéria do Jornal Valor Econômico, de 11 de julho de 2019, que fala sobre as estratégias de investimentos da Real Grandeza:

Fundo de pensão Real Grandeza triplica alocação em ações

Renda variável ajudou a garantir ganhos de mais de R$ 1 bi para a Entidade no primeiro semestre

Jornal Valor Econômico, de 11 de julho de 2019

Por Juliana Sachincariol

O fundo de pensão dos funcionários de Furnas e Eletronuclear triplicou sua fatia em renda variável de 5,3% para 15%, em uma estratégia que garantiu ganhos de mais de R$ 1 bilhão para a entidade no primeiro semestre de 2019, disse ao Valor o presidente da Fundação Real Grandeza (FRG), Sergio Wilson Ferraz Fontes.

"Triplicamos a posição em renda variável em um momento bom para entrar em bolsa. Entramos com o Ibovespa, em média, aos 85 mil pontos", afirmou o executivo. Ontem, o índice fechou aos 105.850 pontos, com alta de 1,27%. Com os ganhos, o fundo de pensão encerrou o sexto mês do ano com patrimônio de R$ 17,4 bilhões.

O bom desempenho no semestre também foi resultado de aplicações em títulos prefixados do Tesouro.

A maior aposta em renda variável foi realizada depois que a entidade resolveu fazer um novo estudo de ALM (Asset Liability Management) - mecanismo de gestão de ativos e passivos. O levantamento indicou a venda de títulos do Tesouro Direto pós-fixados e investimentos em títulos prefixados e em bolsa. "Seguimos o ALM à risca e foi uma estratégia vitoriosa", disse Fontes.

Do total de R$ 2,4 bilhões aplicados em renda variável, a fundação administra internamente R$ 1,8 bilhão, uma gestão que acompanha o índice IBR-X. Outros R$ 600 milhões estão divididos em fundos de ações exclusivos, geridos pela GAP, Franklin Templeton e Western Asset. Agora, a entidade está no processo de escolha de gestores de fundos multimercado, modalidade em que ainda não aplica.

Na renda fixa, a entidade comprou R$ 590 milhões em papéis NTN-F em 17 de abril. De lá até 28 junho, essas aplicações acumulavam ganhos de 10,95%.

Mas a carteira de títulos públicos federais pós-fixados e de longo prazo, adquiridos ao longo dos últimos 14 anos, ainda responde por 44% do patrimônio do plano de benefício definido (BD). A fatia corresponde a R$ 6,7 bilhões alocados em NTN-Bs. No plano de contribuição definida (CD), a fatia é de R$ 439,5 milhões, ou 28% do fundo.

Com os resultados a partir da nova estratégia, a diferença entre o retorno e a meta atuarial é a maior em dez anos no plano de benefício definido (BD), segundo a fundação. Em 2019, o plano BD teve ganho de 11,3% até junho, ante meta atuarial de 5,2%. Já a rentabilidade do CD foi de 12,6%, diante do objetivo de 6,6%.

Apesar do aumento da exposição em bolsa, o presidente da FRG diz que o conservadorismo permanece como característica da fundação, por sua própria natureza. "Temos planos equilibrados e não precisamos correr riscos. Uma das grandes vantagens do ALM é ponderar o risco em relação ao passivo", afirmou o executivo. Segundo ele, ainda há espaço para aumentar a fatia em renda variável em dois pontos percentuais. Uma decisão pode ser tomada a partir de setembro, quando o estudo será feito novamente. Ele também serve como base para determinação da política de investimentos do ano seguinte, que começa a ser traçada no segundo semestre.

A Fundação Real Grandeza tem 12.700 participantes, entre ativos aposentados e pensionistas. Os beneficiários do plano BD recebem, em média R$ 11.300. No caso do CD, o valor médio é menor, de R$ 4.400. A diferença está sobretudo no tempo de contribuição, já que no segundo há pessoas, por exemplo, que saíram nos planos de desligamento voluntário, antes de completar 20 anos ou 30 anos de contribuição. "Esse é o jogo dessa modalidade. Para conseguir renda mais alta, tem que contribuir mais. Há a possibilidade de seguir como autopatrocinado, mas a maioria exerce a renda".

No momento, a entidade também desenvolve um programa de reestruturação, com objetivo de otimizar custos administrativos e aumentar sua receita. Já implementou um plano de incentivo à demissão voluntária (PIDV), com adesão de 26% dos empregados. Assim, prevê uma economia de R$ 8 milhões em 2019. O objetivo é ser mais competitiva e iniciar um novo ciclo de crescimento. "Uma estrutura enxuta e mais competitiva é requisito fundamental nesse novo cenário", afirmou Fontes. O fundo de pensão mira novos produtos previdenciários e de saúde para ampliar a base de participantes e beneficiários e conquistar novos patrocinadores e instituidores.

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(11/07/2019)